quinta-feira, 14 de abril de 2016

Review: Soilwork – The Ride Majestic


Por Pedro Humangous

Se existe uma banda que eleva nosso espírito e traz o sorriso estampado em nossas faces logo nos primeiros segundos de música, essa é o Soilwork! Essa mistura agradável do super melódico com o extremo agrada em cheio e consegue satisfazer os mais exigentes públicos de ambos os gêneros. Uma banda que vem crescendo exponencialmente ao longo dos anos, nunca deixou a peteca cair e surpreende a cada novo álbum lançado. E não é diferente agora com o majestoso (desculpem o trocadilho) “The Ride Majestic”. O vocalista, Björn "Speed" Strid, está simplesmente insano em sua performance nesse trabalho, mandando uns guturais rasgados de arrepiar, isso sem falar nos vocais mais limpos, cheios de drive e belas melodias. As guitarras então, sem comentários, agressivas e com um timbre maravilhoso. Gostei bastante da essência Black Metal que utilizaram na faixa “Alight In The Aftermath”, deu um toque especial à composição. Alguns experimentalismos ainda incomodam os ouvidos, como “Death In General”, repleta de altos e baixos, acaba sendo uma faixa mediana. Uma das coisas que me chamou bastante a atenção foram as linhas do baterista Dirk Verbeuren, bastante criativo e arrojado, sem medo de descer a mão e abusar dos blast beats. A produção e gravação estão incríveis, tudo cristalino e bem encaixado – méritos para David Castillo e para o experiente Jens Bogren que mixou e masterizou o disco. Sobre a arte da capa, achei bastante insossa, bonita, mas sem grandes atrativos, principalmente se comparada aos grandes trabalhos artísticos que temos visto estampando as capas dos discos ultimamente. Discordo da maioria que insiste em dizer que a banda perdeu seu peso e velocidade, acredito que eles canalizaram melhor esses atributos e trouxeram uma roupagem mais madura, porém, o conteúdo continua ali, intacto. É fato que focaram mais na construção das músicas, em linhas complexas de guitarra, trazendo mais melodia e momentos mais calmos do que outrora. Nem por isso deixa de ser um excelente lançamento, importante para compor essa invejável discografia. Nota: 8,5


Gravadora: Nuclear Blast / Shinigami Records

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